Acusação do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff entregou nesta quarta-feira (10) as alegações finais e definiram apenas três testemunhas com o intuito de dar rapidez na reta de chegada do processo.
“Para que procrastinar a solução de uma controvérsia que a todos incomodam e causam um desconforto político e doloroso?”, questionou o advogado João Berchmans.
Para o advogado da acusação, toda a condução do processo revela a existência do crime de responsabilidade.
“A denúncia feita pelo professor Reale Júnior, pelo professor Hélio Bicudo e doutora Janaína Pascoal nada mais evidenciam o que toda a sociedade já sabe. A prática de uma fraude contábil e fiscal, a edição de decretos sem observar a outorga prévia e manifestaçao necessária do Congresso Nacional”, complementou.
Além disso, o advogado comentou a tentativa de parlamentares dilmistas recorrerem à Comissão Interamericana de Direitos Humanos.
“Tudo é lícito pedir ao rei, mas se o rei vai deferir ou não, essa é outra questão. Esse processo se encontra blindado. Ele já foi questionado diversas vezes pela defesa da presidente afastada, inclusive no Supremo Tribunal Federal”, ressaltou Berchmans.
O advogado de defesa de Dilma, e-ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, terá até sexta-feira para entregar as alegações finais.