O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na noite passada a suspensão de todas as viagens de 26 nações da Europa para o país, a fim de evitar a propagação do coronavírus. A medida entrará em vigor à meia-noite de sexta-feira para sábado (horário local) e valerá por pelo menos 30 dias. Os EUA já registram mais de 1,2 mil casos de coronavírus e pelo menos 36 mortes.
“Decidi tomar várias medidas fortes, mas necessárias, para proteger a saúde e o bem-estar de todos os americanos. Para evitar que novos casos entrem em nossas fronteiras, vamos suspender todas as viagens da Europa para os Estados Unidos”, disse Trump, em uma mensagem televisiva transmitida da Casa Branca.
Os voos suspensos são os com partida dos países-membros do Espaço Schengen, uma zona de isenção de visto que compreende 26 Estados europeus: Áustria, Bélgica, República Tcheca, Dinamarca, Estônia, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Hungria, Islândia, Itália, Letônia, Liechtenstein, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Holanda, Noruega, Polônia, Portugal, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Suécia e Suíça.
O Reino Unido, com mais de 450 casos da doença, e a Irlanda, que não fazem parte da Zona Schengen, não estão incluídas na proibição, assim como Bulgária, Croácia, Chipre e Romênia.
O presidente dos EUA explicou que a medida visa fechar a entrada, em suas próprias palavras, a “qualquer coisa” proveniente do Velho Continente. Entretanto, instantes depois, a Casa Branca, via comunicado, e o próprio Trump, pelo Twitter, esclareceram que o comércio entre as duas partes não será afetado.
O presidente do Conselho da União Europeia, Charles Michel, disse pelo Twitter que a situação imposta por Trump será discutida nesta quinta-feira. Ele reforçou que a interrupção econômica deve ser evitada e reafirmou que a Europa está tomando todas as medidas necessárias para conter a propagação do vírus, limitar o número de pessoas afetadas e apoiar a pesquisa.