Brasília completa hoje 60 anos de idade. A capital se preparava para celebrar a data com toda pompa e circunstância, mas o novo coronavírus chegou e estragou os planos. Shows, festas e tudo mais ficaram para trás – a população da cidade comemorará em casa.
Brasília, capital da esperança. Brasília, com seus muitos porteiros e pessoas normais. Brasília longe do mar, com seus prédios, eixos e tesourinhas. Brasília com seus servidores públicos e esquinas (sim, temos esquinas na capital). Brasília, cidade do camelo e das zebrinhas.
Projetada por Oscar Niemeyer e construída sob as ordens de Juscelino Kubitscheck, a cidade chama inicialmente a atenção por sua arquitetura moderna. Mas não é só isso. O formato de avião, com suas duas asas (Norte e Sul), fuselagem (Eixo Monumental) e cockpit (Praça dos Três Poderes) é único no mundo. Seus idealizadores tiveram a coragem de, em pleno cerrado, erguer uma obra de arte. O avião decolou.
Brasília é um autêntico caldeirão cultural. Brasileiros de todas as localidades chegaram e adotaram a capital como sua. Baianos, piauienses, gaúchos, paulistas, todos vivem em perfeita harmonia. E ai de quem falar mal da cidade.
Para além da imagem de cidade apenas política, há muito o que se fazer na capital. O Cerrado, em especial, é deslumbrante. E as cachoeiras, trilhas e cidades históricas próximas a Brasília são um caso a parte. Impossível não se apaixonar.
Outro ponto de referência é o Lago Paranoá. Belo e imponente, é responsável, em larga medida, pela vida local. Um fim de tarde em suas margens é uma experiência única, apreciada por todos os moradores da cidade.
Essa é a humilde declaração de amor desse escriba, que foi recebido de braços abertos por Brasília na segunda metade da década de noventa do século passado. Coincidentemente, hoje completo meio século de vida. Assim, brindemos – a nós, André e Brasília.