Texto de Renato Candemil
Em 2018 escrevi em um artigo que o Brasil era um País continental e as grandes transformações futuras, necessárias para o seu desenvolvimento, poderiam ocorrer tanto de modo gradual, progressivo e lento, como também de forma repentina, veloz e consistente.
Jamais poderia imaginar que essas transformações pudessem ocorrer da forma como estão ocorrendo. O ano de 2020 está sendo um ano assustador e, até certo ponto, doloroso sob o aspecto das relações e das vidas humanas. A triste realidade surgida com o advento do Covid19 e sua pandemia mundial pode até nos fazer pensar em querer esquecer esse ano, mas, no entanto, talvez esse seja um momento em que possamos repensar o nosso “EU”, e aí, caro leitor, quero trazer a você essa reflexão.
Não seria esse o exato momento para deixarmos de apenas querer algo e passarmos definitivamente não só a trabalhar por mudanças e transformações, mas sim, sermos nós mesmos a mudança e a transformação? Chegou a hora de repensarmos nossos comportamentos, repensarmos nossas atitudes e, por fim, repensarmos o que queremos para o futuro.
Reflita!
A compreensão de que as “coisas” mudaram é geral, é continental, é por fim, global, e dessa forma, esse ano nos convida a uma nova percepção sobre quem somos e o que queremos para o futuro.
Em meu livro “Uma Jornada em Busca da Verdade Espiritual” (2017- Editora Insular) escrevi que vivemos em um mundo de transformações, e a grande discussão seria saber qual o nosso papel aqui e qual a nossa contribuição individual para a construção de um mundo melhor.
Esse é o ponto principal, repito: saber qual o nosso papel aqui nesse mundinho, qual a nossa missão e o que podemos fazer para melhorar nossas vidas e a vida do próximo.
Por certo, como já citei, repensar nossas atitudes é fundamental. Temos visto que essa pandemia não possui prazo certo para acabar. O confinamento familiar e o isolamento social são realidades que até pouco tempo atrás eram inimagináveis entre nós.
As relações pessoais e sociais estão mudando, as relações comerciais, empresariais e trabalhistas idem, e o medo que a Pandemia causou e está causando em todos precisa ser enfrentado. Todos nós temos que aprender e, principalmente se reinventar, nesse novo cenário que se apresenta.
Não tenho temor algum em afirmar que o mundo pós-pandemia jamais voltará a ser como antes. Muitos dos empregos e trabalhos antes necessários e importantes passarão a ser insignificantes, obsoletos e completamente ultrapassados. Novas alternativas e novas oportunidades apontam no horizonte e o ser humano precisa por conta dessa nova onda, reinventar-se. Simples assim.
Finalizando, e em homenagem ao renomado advogado e jurista catarinense Charles Machado, cito uma frase com a qual ele encerrou recentemente uma de suas “lives” sobre o momento atual que estamos passando: “Coragem para mudar, preparo e estudo para entender para onde vamos. Podemos até não saber para onde vamos, mas temos que ter certeza de onde não queremos ficar”.
E concluo, sejamos propagadores de valores, fé e esperança e não mensageiros da discórdia.
Boa Reflexão!