Bolsonaro garante que governo respeita o teto dos gastos

Bolsonaro, Alcolumbre e Maia
Maia está rompido com Bolsonaro e não poupa críticas ao governo/Arquivo/Reprodução vídeo
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O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira que o governo respeita o teto de gastos e defendeu a responsabilidade fiscal, após encontro com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e ministros do primeiro escalão, como Paulo Guedes, da Economia. Fontes ouvidas pela Bloomberg destacaram hoje que Guedes não tem a intenção de deixar o cargo, mas que ele espera um compromisso público de Bolsonaro com a agenda desestatizante.

“No que pese o problema da pandemia, o Brasil está indo bem, a economia está reagindo e nós aqui resolvemos então com essa reunião direcionar mais ainda nossas forças para o bem comum daquilo que todos nós defendemos”, disse ele, em entrevista no Palácio da Alvorada, após o encontro. Bolsonaro disse que vai se empenhar, mesmo no período eleitoral, para buscar soluções, destravar a economia e colocar o Brasil no local que ele sempre mereceu estar. Segundo o presidente, a responsabilidade fiscal será importante para que o Brasil seja um dos países que vai se recuperar da melhor forma da pandemia do novo coronavírus, publicou a Reuters.

Hoje, os investimentos foram pressionados pelas preocupações com a saída de dois importantes membros do Ministério da Economia: o secretário de Desestatizações e Privatizações, Salim Mattar, e o secretário de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, Paulo Uebel, segundo informou o Infomoney.

Expoentes da pauta econômica liberal no governo, Mattar e Uebel eram balizadores de parte da confiança que o mercado deposita na capacidade do governo de realizar reformas que diminuam o tamanho do Estado e melhorem o ambiente de negócios no País. Pela manhã, Bolsonaro fez justamente isso ao dizer que “em todo governo é normal a saída de alguns” e que sua gestão continua ciente da responsabilidade econômica e é norteada pelo ajuste fiscal e pelo teto de gastos públicos. “O Estado deve se desfazer de empresas deficitárias”, ressaltou.

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