Ministra nega liberdade para ex-subsecretário preso na Falso Positivo

Ex-subsecretário Eduardo Pojo
Eduardo Pojo seria o intermediário entre o secretário e os demais sub-secretários presos/
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O ex-secretário-adjunto de Gestão em Saúde do Distrito Federal, Eduardo Pojo do Rego, teve negado hoje o pedido de habeas corpus para deixar a Papuda. Foi a ministra do Supremo Tribunal Federal, Carmen Lúcia, que negou o prosseguimento do pedido feito pela defesa. Pojo é investigado no âmbito da Operação Falso Negativo, que teve hoje a terceira etapa executada pelo Ministério Público do Distrito Federal.

Na sentença da juíza da 5ª. Vara Criminal de Brasília, Ana Cláudia Oliveira Barreto, consta que Pojo disse que o ex-secretário Francisco Araújo, sempre queria roubar em contratos firmados pela pasta. A juíza determinou a prisão preventiva do ex-diretor de Aquisições Especiais da Secretaria de Saúde do DF Emmanuel Carneiro. A ordem foi executada hoje (25), juntamente com a prisão pela segunda vez do ex-subsecretário de Vigilância à Saúde, Eduardo Hage.

Na vaquinha realizada para juntar dinheiro para a defesa de Hage, foram juntados até agora R$ 51,7 mil. Pelo que se informou, foram 273 doações em favor do médico infectologista. Até este momento, oito pessoas que integravam a cúpula da Secretaria da Saúde estão presos preventivamente na Papuda, incluindo o ex-secretário Francisco Araújo, e o ex-subsecretário afastado de Administração Geral da Secretaria da Saúde, Iohan Andrade Struck, que se entregou na terça-feira (22).

De acordo com as investigações, Pojo receberia comandos diretos do ex-secretário de Saúde e as repassaria aos demais subordinados e operadores da suposta organização criminosa, para que tudo saísse perfeito nas dispensas de licitação. Também caberia a ele o contato com as empresas fornecedoras de testes para que pudessem ser selecionadas.

A defesa argumentou ainda que Pojo sofre de Transtorno de Pânico e Agorafobia, além de ter restrições alimentares decorrentes de cirurgia bariátrica. O pedido liminar de revogação da prisão foi negado monocraticamente no Superior Tribunal de Justiça (STJ), por isso a defesa apresentou novo pedido ao STF.

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