O ex-governador João Alves Filho, 79 anos, morreu no final da noite de terça-feira (24). Ele estava internado há uma semana no hospital Sírio Libanês, em Brasília, para onde foi levado após sofrer uma parada cardíaca.
No hospital, João foi diagnosticado com Covid-19. A família está resolvendo como será o sepultamento. A senadora Maria do Carmo, em entrevista pela manhã de hoje (24) disse que João Alves Filho seria cremado e suas cinzas trazidas para Aracaju a fim de evitar o sepultamento imediato em razão do Covid-19.
Entretanto a decisão será tomada após reunião da família, porque alguns dos seus familiares defendem que o corpo dele seja trazido para Sergipe e sepultado em Aracaju, no túmulo do seu pai, construtor João Alves. João Alves Filho permanecia em coma, entubado, na UTI do Sírio Libanês com alguns dos órgão vitais já paralisados e sem mas perspectiva de recuperação.
A esposa, senadora Maria do Carmo Alves (DEM) e os três filhos, Ana, Cristina e João Neto estão na capital federal desde a semana passada acompanhando de perto a situação do ex-governador, informou o Jornal de Sergipe.
Quem era João Alves Filho
João Alves Filho nasceu em Aracaju no dia 3 de julho de 1941, filho do empresário da construção civil João Alves e de Maria de Lourdes Gomes. Em 1960 assumiu o cargo de diretor técnico da construtora de propriedade de sua família. Um ano depois, ingressou na Escola Politécnica da Universidade da Bahia, pela qual se graduou em engenharia civil em 1965. No mesmo ano fundou e assumiu a presidência da “Habitacional Construções S.A.”, que viria a ser uma das maiores empresas de construção civil do Nordeste. Do seu casamento com Maria do Carmo Alves, teve três filhos.
Iniciou-se na política em 1975, por intermédio do então governador de Sergipe, José Rolemberg Leite, que o nomeou prefeito de Aracaju. Filiado à Arena, tornou-se muito popular durante sua gestão, adquirindo a fama de tocador de obras e administrador competente. Ao longo de sua gestão, encerrada em 1979, não teve nenhum de seus projetos derrubados pela Câmara Municipal, embora a maioria dos vereadores fosse filiada ao MDB, partido de oposição.
Após o fim do bipartidarismo em novembro de 1979, entrou para o PP. Pouco tempo depois, afastou-se da vida partidária e voltou às atividades empresariais, sob o argumento de que o PP se tornara inviável no estado. Em fevereiro de 1982, o partido acabou sendo incorporado ao PMDB, como forma de enfrentar a situação política decorrente da aprovação pelo Congresso, em dezembro de 1981, do pacote de reformas da legislação eleitoral proposto pelo presidente João Figueiredo.
Entre suas obras estão a Orla de Atalaia, a maior obra já feita no setor turístico; e a Ponte Construtor João Alves, que liga Aracaju a Barra dos Coqueiros. Também foi responsável pelo programa Chapéu de Couro, voltado a construção de açudes para amenizar os impactos da seca no sertão. (Do Jornal da Cidade.Net)