O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, está depondo desde a manhã de hoje na CPI da Covid-19 do Senado Federal. Na primeira parte das respostas ao relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL), o ministro disse que não recebeu orientação do presidente Jair Bolsonaro de como deverá conduzir a pasta. Informou que o governo tem um contrato na iminência de ser assinado para aquisição de 100 milhões de doses de vacinas da Pfizer, sendo que 35 milhões devem chegar em setembro.
O Misto Brasília transmite ao vivo as sessões da CPI – confira na homepage do site. Veja o que disse Nelson Teich na CPI da Covid.
Marcelo Queiroga reconheceu que o Brasil precisa de “mais doses e ativismo maior do governo” junto aos países produtores para acelerar o ritmo de vacinação. “Há uma dificuldade de vacinas a nível mundial. Temos dialogado”. Ele avaliou que críticas de Bolsonaro sobre vacinas não tiveram impacto na campanha, já que 85% da população quer ser vacinada. O ministro disse que o Brasil é o 5º país que mais vacina.
Ele disse que não foi consultado sobre decreto de proibição de medidas de distanciamento social. Ele também afirmou não ter conhecimento de aconselhamento paralelo ao presidente da República sobre a pandemia.
Perguntado sobre distanciamento social, Queiroga disse que é algo a ser definido conforme a situação de cada estado e município. Mas, segundo ele, é preciso que o Ministério da Saúde discipline a questão.
“Não há pressão nenhuma. Essa é uma matéria de natureza técnica. O protocolo clínico e a diretriz terapêutica serão elaborados pelo Conitec”, disse Queiroga sobre possível pressão por presença da cloroquina no protocolo do SUS.
Publicidade nas campanhas de conscientização – Marcelo Queiroga disse: “Não autorizei e não tenho conhecimento de que esteja havendo distribuição de cloroquina na minha gestão”. “Não faço juízo de valor”, diz ministro em resposta a relator sobre se compartilha ou não opinião do presidente da República sobre prescrição de cloroquina.
O ministro afirmou que o Ministério da Saúde investiu R$ 23 milhões em campanhas de publicidade sobre medidas preventivas ao coronavírus e vacinação, com o objetivo de levar informações corretas à população. Pressionado pelo relator sobre o motivo do colapso na saúde, o ministro disse que houve “imprevisibilidade biológica” e, além disso, faltou fortalecimento do Sistema Único de Saúde.
Ele afirmou que a chegada dele à Saúde representa uma mudança em temas como distanciamento social e vacinação. “Sim, é uma mudança. Pretendemos fazer ajustes nas políticas que estavam sendo colocadas em pratica”.
Ele defendeu “união” contra o coronavírus e destacou a aprovação do auxílio emergencial pelo Congresso e a MP 1.015/2020, que libera R$ 20 bilhões para compra de vacinas, como medidas eficazes contra a pandemia. Queiroga afirmou que é preciso investir em medidas não farmacológicas, além de adotar uma política de testagem para orientar isolamento de pacientes e fortalecer o sistema de saúde para atender casos mais graves.
Encerrou sua fala inicial aos senadores pedindo um voto de confiança no trabalho dele para que o país possa vencer a pandemia. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que o Brasil distribuiu mais de 77 milhões de doses de vacinas contra o coronavírus para estados e municípios. “Isso faz do Brasil o quinto país que mais distribui doses”. 06/05/2021 – 10h37 – Senado Agora
O ministro Marcelo Queiroga defendeu o uso de vacina para conter o coronavírus. “A solução que temos é campanha de vacinação. É resposta da ciência. Nunca em tão pouco tempo tivemos vacinas tão eficazes para uma doença viral”. (Com a Agência Senado)