Eliana Calmon “cantou a pedra” de que membros do judiciário poderiam ser citados em delações premiadas extraídas de comandantes de empreiteiras.
A notícia de que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), José Antonio Dias Toffoli, foi delatado pela construtora OAS como beneficiário de uma obra pela empreiteira a ser conferida em Veja não salta aos olhos.
Eliana Calmon não estava brincando sobre delação atingir togas. Segundo ela declarou recentemente uma “delação da Odebrecht sem pegar Judiciário não é delação”.
Calmon só não foi mais precisa no nome da empreiteira. Ao invés da delação da Oderbrecht, foi a da OAS.
Ela já previa, pelo menos que seria “impossível” integrantes do Judiciário não terem seus nomes citados ao se fechar uma delação premiada da grande empreiteira.
E foi mais fundo ao estranhar que nem mesmo juiz, desembargador ou ministro de Tribunal Superior fosse extraído do rígido processo de obtenção de informações por meio de delação.
“Delação da Odebrecht sem pegar Judiciário não é delação. É impossível levar a sério essa delação caso não mencione um magistrado sequer”, falou ao colunista Lauro Jardim na semana passada.