Renan compara sessão do impeachment a ”hospício”

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O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL),comparou a sessão do impeachment no plenário a uma “hospício”.

“Se nós não encaminharmos diferentemente é passar para o Brasil e para o mundo, já que o mundo todo está com os olhos debruçados sobre o nosso país, a ideia que vossa excelência, constitucionalmente, está sendo obrigado a presidir um julgamento em um hospício”, disse se referindo ao presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo Lewandowski.

Mais tarde, o parlamentar que estava à mesa do lado do ministro Ricardo Lewandowski, desceu para falar ao microfone do plenário. O discurso em seu início denotou tentativa de apaziguar os ânimos de senadores exaltados. Pediu para que considerassem a Constituição e o regimento da Casa. Pediu para evitar a continuidade de pedidos de questões de ordem.

À certa altura do seu pronunciamento, Calheiros afirmou que a sessão demonstrava que a “burrice não tinha limite”.

Mas, a temperatura se elevou quando o presidente do Senado lembrou o que disse a senadora Gleisi Hoffmann, “o senado não tinha moral para julga a presidente Dilma Rousseff”.

“Fico triste”

Renan Calheiros afirmou estranhar que Gleisi fizesse a afirmação justamente ela que teve processo em que ele próprio interveio.

“Eu fico muito triste porque essa sessão é, sobretudo, uma demonstração de que a burrice é infinita”, enfatizou.

“Ontem a senadora Gleisi chegou ao cúmulo de dizer aqui para todo o país que o Senado Federal não tinha moral para julgar a presidente da República. Eu quero tocar fogo, não. Eu quero dizer que isso não pode acontecer. Como uma senadora pode fazer uma declaração dessa? Exatamente uma senadora que, há 30 dias, o presidente do senado federal conseguiu no Supremo Tribunal Federal desfazer o seu indiciamento e do seu esposo”, complementou Calheiros.

Vale lembrar que quando houve a prisão de Paulo Bernardo, esposo de Gleisi, no caso da suspeita de  fraude do crédito consignado dos aposentados, houve busca e apreensão no apartamento funcional de Gleisi.

O Senado Federal entrou com um recurso no Supremo por conta da busca apreensão no apartamento de uma senadora. Segundo mais próximos de Calheiros em seu discurso se referia ao suporte da instituição a esse episódio.

Empurrão

E não foi só isso que verificou-se na sessão tumultuada do impeachment nesta sexta-feira (26). Houve contato físico entre Renan e o senador Lindberg Farias. Quando Calheiros discursava ao microfone no chão do plenário, o senador petista se aproximou e recebeu um empurrão para afastá-lo.

Em seguida, Lindbergh Farias levantou as mãos e disparou: “Não me toque, não encoste em mim.” Mas ficou assim, com a intervenção da turma do deixa disso.

Caiado x Lindbergh

Em bate-boca entre o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Lindberg este último chamou o parlamentar de Goiás de “desqualificado”. Ato continuo, Caiado revidou afirmando Lindbergh era pior que “Beira-Mar” e que tinha um “cracolândia”.

Lindberg Farias continua desempenhando o papel de tumultuar a sessão e consegue procrastinar a sessão, o que só é vantagem para quem está por baixo no processo de impeachment da presidente da República.

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