Não se enganem. No momento a ex-presidente Dilma Roussef poderá participar de qualquer eleição ou ser nomeada para qualquer cargo público. Mas poderá manter esses direitos por menos tempo do que se imagina.
A bancada PSDB se reunirá nas próximas horas para fazer o que mais gosta: discutir. E discutirá muito. O tema é delicado: recorrer ou não ao Supremo Tribunal Federal para anular a decisão do ministro Ricardo Lewandowsk que acatou o pedido do PT e da Rede (partido controlado pela ex-senadora Marina Silva) para que o afastamento definitivo de Dilma fosse votado separadamente da outra questão normal aos políticos mortais: se o mandato eletivo vai para o espaço os direitos políticos voam junto, no mínimo por oito anos.
Aécio Neves, Ronaldo Caiado, Cassio Cunha Lima e muitos outros caciques da política nacional apostam que essa história de salvar os direitos políticos de Dilma Rousseff nasceu de um ardil, de um momento de astúcia, da sagacidade de Renan que olhou para o próprio umbigo e percebeu que a Lava a Jato lhe provoca sombra.
Fato é, que se o senador alagoano Renan Calheiros um dia for condenado pelo Supremo Tribunal Federal, recorrerá a isonomia e vai querer os mesmos direitos garantidos a ex-presidente Dilma. Não há a menor dúvida.
Ah, tem mais …Vem aí o, julgamento final de Eduardo Cunha, o bandido preferido do ex-deputado Roberto Jefferson (controlador-geral do PTB ) aquele que delatou o hoje presidiário José Dirceu, ex-chefe da Casa Civil.
Jefferrson ao dedurá-lo, o apontou como o paizão do mensalão, escândalo que acabou dando origem ao petrolão e outras patifarias da era petista.
E se Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara, for cassado pelo plenário? Vai se candidatar novamente em 2018? Terá condições legais de ser nomeado para algum cargo público imediatamente?