Esquema da carne adulterou até merenda escolar

Mudar a data de vencimento de carnes estragadas, maquiar seu aspecto ou usar químicos para mascarar seu mau cheiro – até mesmo em produtos usados na merenda escolar.

Esta são algumas das táticas ilegais que, segundo as autoridades do Brasil, cerca de 30 empresas de carne do país usavam para vender alimentos em mau estado de conservação, incluindo fornecedoras de grandes frigoríficos.

A Operação Carne Fraca, realizada nesta sexta-feira, revelou que as empresas JBS e BRF – que são as maiores do Brasil e estão entre as maiores exportadores mundiais de carne – também adulteravam a carne que vendiam no mercado interno e externo.

A descoberta de que, no Paraná, alunos da rede pública estadual consumiram salsicha de peru sem carne – preenchida com proteína de soja, fécula de mandioca e carne de frango – deu início à investigação de dois anos.

“Inúmeras crianças de escolas públicas estaduais do Paraná estão se alimentando de merendas compostas por produtos vencidos, estragados e muitas vezes até cancerígenos para atender o interesse econômico desta poderosa organização criminosa”, disse o delegado da Polícia Federal Mauricio Moscardi Grillo.

As práticas fraudulentas incluíam alterar os rótulos e as datas de vencimento dos produtos, injetar água na carne para aumentar seu peso e tratar as carnes com ácido ascórbico, substância potencialmente cancerígena. A PF encontrou produtos com estas alterações em supermercados. (Com a BBC)

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