Procuradores franceses estão investigando contrato de 6,7 bilhões de euros (cerca de R$ 22,9 bi) entre a fabricante naval francesa DCNS e o Brasil. Trata-se do Programa de Desenvolvimento de Submarino Convencional e Nuclear (Prosub), que é tocado em parceria pela DCNS e pela Odebrecht e já recebeu R$ 11,8 bilhões do governo federal.
De acordo com a ONG Contas Abertas, o Prosub foi criado com a proposta de ampliar a estrutura nacional de defesa, incorporando à força naval quatro submarinos convencionais e um com propulsão nuclear, a serem fabricados no Brasil, com transferência de tecnologia de parceiros externos. O programa inclui ainda a construção de uma base naval e de dois estaleiros para apoio à operação dos novos meios.
Em 2012, o Prosub recebeu investimentos de R$ 2,8 bilhões e R$ 2 bilhões no ano seguinte. Em 2014, chegou ao auge com investimentos de R$ 3,4 bilhões. A partir de 2015 devido à investigações da Lava Jato e do ajuste fiscal do governo federal os números caíram para R$ 1,4 bilhão, passando para R$ 1,7 bilhão no exercício de 2016.
Os números foram levantados pela Contas Abertas e estão atualizados pelo IPCA do período. O Ministério da Defesa é o responsável pelo programa.
Neste ano, R$ 449,3 milhões já foram pagos para o programa. Do total, R$ 150,2 milhões foram destinados à construção do submarino de propulsão nuclear. Já a construção dos quatro submarinos convencionais somou R$ 228,6 milhões em recursos neste ano. A implantação de estaleiro e base naval para a manutenção dos submarinos recebeu R$ 70,6 milhões.