É improvável que o empresário Joesley Batista, dono da empresa J&F, irá responder a qualquer pergunta em duas comissões de inquérito nesta terça-feira pela manhã. A exemplo do seu irmão, Wesley, ficará de boca fechada quando perguntado por parlamentares, muitos os quais receberam dinheiro da empresa para as suas campanhas políticas.
Joesley deverá chegar no Congresso Nacional com uma liminar que lhe garante silencia estratégia já bastante comum adotada por delatores em esquemas como o mensalão e o petróleo. Preso desde setembro por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), foi convocado nas CPI do BNDES e da CPMI da JBS.
Em ofício encaminhado à CPI da JBS na quarta-feira (22), os advogados de Joesley Batista adiantaram que ele deve permanecer calado durante a reunião. Joesley, e o irmão Wesley, também preso, teriam mentido e omitido informações no acordo de delação premiada firmado com a Procuradoria-Geral da República. O ministro do STF Luiz Edson Fachin suspendeu os benefícios do acordo.