Morreu na noite de ontem (5) o jornalista e escritor Carlos Heitor Cony, aos 91 anos. Ele estava internado no Hospital Samaritano, em Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro, que confirmou o horário da morte às 23h10. Quinto ocupante da Cadeira nº 3 da Academia Brasileira de Letras (ABL), foi eleito em 23 de março de 2000 e tomou posse em 31 de maio do mesmo ano.
Publicou 17 romances, mas sua obra também se divide em contos, crônicas, ensaios e peças de teatro. A estreia na literatura aconteceu com “O Ventre”, de 1958, seguido de “A Verdade de Cada Dia” e “Tijolo de Segurança”. Também foi o autor de “Quase Memória”, que vendeu mais de 400 mil cópias, e “O Piano e a Orquestra”, obras que renderam a ele o Prêmio Jabuti.
Cony nasceu no Rio em 14 de março de 1926. Começou a carreira em 1952 como redator da Rádio Jornal do Brasil. Também passou pelas redações do Correio da Manhã, da Folha de São Paulo e da rádio CBN.
Segundo a ABL, com o golpe militar de 1964, foi preso várias vezes e passou um período na Europa e em Cuba. Cony deixou esposa e três filhos.