A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, entrou nesta segunda-feira com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) a fim de suspender a obrigatoriedade de impressão do voto nas próximas eleições, informou a Reuters. Dodge argumentou que a medida, prevista numa lei aprovada em 2015, é inconstitucional e representa um “retrocesso” na disputa eleitoral, com a ampliação da possibilidade de fraudes e ameaça ao sigilo da manifestação do eleitor.
Para a procuradora, as “inúmeras intercorrências possíveis” com a reintrodução do voto impresso e a consequente quebra do sigilo constitucional do voto colocam em risco a confiabilidade do sistema eleitoral e a segurança jurídica.
“A implementação da mudança potencializará falhas, causará transtornos ao eleitorado, aumentará a possibilidade de fraudes, prejudicará a celeridade do processo eleitoral. Elevará, ainda, as urnas em que a votação terá que ser exclusivamente manual”, disse a ação.