Nas redes sociais correm piadas sobre o juiz federal Sérgio Moro e políticos que perderam o foro privilegiado, porque não conseguiram se reeleger. As piadas têm como pano de fundo a Operação Lava Jato, a maior investigação policial do Planeta que revelou a “metástase” do sistema pela corrupção, como observaram membros do Ministério Público Federal.
A lista de políticos envolvidos em denúncias de corrupção que não renovou os mandatos foi bem grande. Para muitos analistas, este foi um efeito colateral da Lava Jato nas eleições gerais. Entre àqueles que ficaram pelo caminho e estão sendo investigados estão os senadores Edison Lobão (MDB-MA), Valdir Raupp (MDB-RO) e Eunício Oliveira (MDB-CE).
Mas não foi somente a Lava Jato que provocou estragos no projeto de reeleição. O Mapa da Previdência elaborado pelas entidades sindicais talvez tenha provocado maior impacto no eleitorado. Dos 21 membros da Comissão Especial da Reforma da Previdência da Câmara que votaram a favor do texto, 18 não se reelegeram.
A figura mais emblemática nesta lista está o do deputado Darcísio Perondi (MDB-RS). Ele teve papel fundamental na mobilização articulada do Palácio do Planalto. Por contingências locais e pela onda de Jair Bolsonaro, conseguiu se salvar da guilhotina eleitoral o relator do projeto, Arthur Maia (PPS-BA). Ele conseguiu se reeleger.
O posicionamento de cada parlamentar foi amplamente divulgado numa campanha sistemática contra a reforma da Previdência. Na queda de braço com o governo, venceram os trabalhadores que foram contra o texto que tira direitos conquistados e provoca prejuízos futuros.