Texto de Luíza Damé
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, defendeu a manutenção da prisão preventiva do governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão. Em manifestação enviada hoje ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), contrária ao recurso da defesa de Pezão para revogar a ordem do ministro Felix Fischer, Raquel Dodge reiterou os elementos que levaram o Ministério Público Federal a requerer a medida, bem como a legalidade da prisão.
Segundo Dodge, as investigações revelaram elementos novos que reforçam a necessidade de manutenção das medidas cautelares, incluindo a prisão do governador. Entre os elementos, ela citou a descoberta de que integrantes da organização criminosa se articulavam para destruir provas. Isso levou à prisão, há uma semana, do advogado Tony Lo Bianco.
Dodge também mencionou a constatação de que Pezão estaria ferindo a ordem cronológica de pagamento de dívidas públicas na execução orçamentária do Estado. “Tem-se, desse modo, pagamento de dívidas públicas por contratos inexistentes, no desfecho de uma gestão marcada pela segregação e/ou afastamento de diversos atores do Poder Executivo, Poder Legislativo e Ministério Público, bem como ambiente empresarial, cuja única forma de impedir que ilícitos desta gravidade se acentuem ao final do ano é a continuidade da prisão”, diz Dodge na petição ao STJ.
(Luíza Damé é repórter da Agência Brasil)