Mudou o general ou mudou o pessoal do agronegório, que em abril do ano passado pediu a cabeça de Franklimberg Ribeiro de Freitas da presidência da Funai. O general foi demitido depois de um pedido formal ao antão presidente Michel Temer. Agora, volta ao cargo graças Damares Alves, ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.
Cerca de 40 deputados e senadores da bancada ruralista apresentaram uma carta, solicitando a demissão do servidor que assumiu o cargo em janeiro de 2017.
Franklinberg já está despachando na Funai depois da publicação de sua nomeação no Diário Oficial da União. É esperado mudanças na condução da Fundação Nacional do Índio.
De origem indígena, ele é doutor em Ciências Militares pela Escola de Comando e Estado Maior do Exército, Franklimberg é general de brigada e assessor de relações institucionais do Comando Militar da Amazônia. Como oficial general, comandou a 1ª Brigada de Infantaria de Selva em Roraima e foi chefe do Centro de Operações do Comando Militar da Amazônia.
Em nota divulgada na manhã de hoje, a Funai destaca que, durante sua primeira gestão, que compreendeu o período de maio de maio de 2017 a abril de 2018, Franklimberg coordenou a elaboração de um parecer sobre projeto de lei que altera o Estatuto dos Povos Indígenas. À época, lembra a Agência Brasil, o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) criticou a medida, destacando que a modificação acrescentaria ao estatuto, de 1973, a tese do marco temporal, segundo a qual os povos indígenas só teriam direito à demarcação das terras que estivessem sob sua posse em 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal.