Vigilância Sanitária trava desenvolvimento do DF

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A Federação do Comércio do Distrito federal denunciou hoje (29) que a Vigilância Sanitária do Distrito Federal pode travar o desenvolvimento econômico. O motivo seria a falta de funcionários para dar suporte à demanda cada vez mais crescente em setores como bares, restaurantes, hospitais, farmácias, salões de beleza e quase todas as atividades produtivas.

A manifestação da ocorreu em tom de crítica, já que há 26 anos não é realizado concurso público para a Vigilância Sanitária. De acordo com a Fecomércio, na parte de aprovação de projetos de arquitetura, o órgão possui apenas um funcionário, o que provoca atrasos de até 270 dias para a abertura de uma empresa de alto impacto.

No texto elaborado pela entidade e enviado ao Misto Brasília, informa-se que em fevereiro deste ano, mais de 1,4 mil empreendimentos aguardavam a aprovação de seus projetos para entrar em funcionamento, “o que atrasa a geração de empregos, onera ainda mais o empresariado e compromete o desenvolvimento de Brasília”.

O presidente da Fecomércio, Francisco Maia, encaminhou ontem um documento para o governador Ibaneis Rocha (MDB) com uma análise da situação e sugestões para destravar a Vigilância Sanitária.

“Essa realidade é um risco para a sociedade e para o setor produtivo. Sem fiscalização, pode-se criar um ambiente de concorrência desleal, com uma situação que nem o setor econômico e nem a sociedade desejam”, afirma Francisco Maia.

“É uma questão urgente pois acaba atrapalhando o desenvolvimento do comércio”, completa o vice-presidente da entidade, Antonio Tadeu Perón, que foi o portador da reivindicação em tom de apelo.

Atualmente o Distrito Federal é a unidade da federação com a menor proporção, em relação à população, de servidores da Vigilância Sanitária de todo o Brasil, conforme demonstra o Censo Nacional de Trabalhadores em Vigilância, realizado pela Anvisa, em 2004, e atualizado em 2015. O estudo mostra que o Rio Grande do Norte conta com 665 profissionais de fiscalização, seguido por Alagoas (568), Piauí (451), Mato Grosso (531), Mato Grosso do Sul (431) e Sergipe (439).

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