O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), fez hoje um balanço positivo de sua administração nos 100 primeiros dias. Apesar dos tropeços como promessas de campanha que não podem ser cumpridas agora e dificuldades com a questão financeira, Ibaneis considera que houve nelhorias, inclusive na Saúde, que continua uma área bastante problemática.
Veja os tópicos da entrevista que o governador concedeu hoje à tarde à TV Record, no programa Balanço Geral. Os 100 dias da atual administração serão completados nesta quarta-feira (10).
DFTrans – “O que tenho encontrado ali é uma situação de muitos anos. A estrutura já foi formada para as coisas darem errado. Desde os primeiros dias de governo estou tentando levar a bilhetagem do DFTrans para o Banco de Brasília (BRB), num sistema bem mais moderno. Estou terminando de assinar o convênio com o BRB e DFTrans para levar isso para o BRB. É muita dificuldade no ponto de vista da esfera administrativa, o que tem alimentado muito a corrupção. Calculo que a corrupção dentro do DFTrans hoje, dentro desse sistema de bilhetagem, ultrapasse os R$ 300 milhões de reais”
Saúde do DF – “Temos muito a fazer. Esse é um processo que está em andamento. Colocamos de imediato o abastecimento de medicamentos, isso não está faltando. A Saúde no DF ainda vai melhorar muito, muito mesmo. Tenho para mim que esse processo de mudança na Saúde só vai ser sentido de verdade pela população no prazo de um ano. Mas que já melhorou muito, melhorou”
“Diante da confiança que nós adquirimos com os servidores da rede hospitalar, nós triplicamos o número de cirurgias que foi feito no mesmo período do ano passado. Estamos falando de seis mil cirurgias no período de 100 dias[em 2018] e vamos chegar a 18 mil cirurgias no mesmo período. Estamos tratando do triplo. São coisas que estão acontecendo”
“Conseguimos terminar a reforma do 7º andar do Hospital de Base que aumentou sua capacidade de leitos. Vamos entregar uma UBS em Planaltina na sexta-feira (12/4)”
Relação da Saúde com moradores do Entorno – “De cada 100 pessoas que são atendidas no Hospital de Brazlândia, 80 são de Águas Lindas e Santo Antônio do Descoberto. Existem duas unidades sendo construídas. Conversei com o governador (de Goiás) (Ronaldo) Caiado na semana passada quando estivemos em Campos do Jordão e pedi que os dois secretários de Saúde entrassem num entendimento, nem que para isso a gente tenha que assumir a gestão desses dois hospitais, tentando algum convênio ou alguma coisa nesse sentido”
Região Metropolitana – “Tenho conversado muito com o governador [Ronaldo] Caiado e ele tem cada vez mais visto a importância [da Região Metropolitana]. Os prefeitos da região têm conversado com ele. A audiência pública (no Congresso Nacional) que ocorreu há 15 dias também foi importante para esse esclarecimento. Os prefeitos de Unaí (MG), os prefeitos de Minas Gerais estão todos muito empenhados. Eles sabem da importância do DF para a manutenção da vida dessas cidades e a distância que eles têm da capital de seus estados. Tenho encontrado um ambiente muito bom e tenho certeza que nós vamos conseguir com isso projetos estruturantes”
Contas do GDF – “Da maneira como estamos levando nós vamos conseguir pagar todas as contas desse ano, pagando muitas contas do passado, e eu quero deixar bem claro que eu recebi um passivo muito grande. Por exemplo: horas extras dos médicos. Trabalharam final do ano passado todo, os últimos quatro meses, e não receberam nada. E eu já quitei todas essas horas extras. Estou fazendo as duas coisas, pagando as coisas em dia e pagando um pouco do passivo do passado”
Conversa com servidores – “Não tenho problema com os servidores. Eu respeito muito todos os servidores do DF, todos os sindicatos e sindicalistas. Convivi muitos anos sendo advogado de boa parte deles. Eu sei quais são as necessidades dos servidores, sei como é a vida e a pressão dentro do sindicato. Agora, dentro de um momento de instabilidade como o que estamos vivendo, com todas as dificuldades que estamos e vivendo e com todas que estão se avizinhando, seria muita irresponsabilidade da minha parte prometer aquilo que não vou dar conta de cumprir.
Tenho toda boa vontade, mas vamos deixar passar esse ano. Vamos deixar as contas se acalmarem. Ano que vem vamos sentar numa boa mesa de negociação e o que for possível conceder aos servidores pode ter certeza que eu vou fazer.”