Após uma sessão que durou mais de 12 horas, a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara concluiu na noite passada a fase de discussão da proposta de emenda à Constituição da reforma da Previdência (PEC 6/19) após um acordo de líderes e o presidente da CCJ, Felipe Francischini (PSL-PR), marcou para a manhã desta quarta-feira o início da votação do parecer do relator da reforma, deputado Delegado Marcelo Freitas (PSL-MG).
O fim das discussões estava previsto para as 22 horas, mas o acordo entre governistas e oposição foi rompido pelo próprio líder do governo, Major Vitor Hugo (PSL-GO). A sessão de votação está marcada para as 10 horas, horário que, segundo Francischini, já estava agendada desde ontem (15) para a sessão da CCJ.
O líder do PSOL, Ivan Valente (SP), informou que a oposição vai obstruir a votação. Segundo ele, a primeira obstrução será não dar quórum para a votação. A oposição aposta que os governistas não conseguirão dar quórum. “São eles (governistas) que têm que dar quórum. Não está claro se o Centrão vai dar quórum”, disse Valente. O líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), afirmou que a articulação do Palácio do Planalto para a aprovação da PEC da Previdência é ‘zero’.
O deputado Fábio Trad (PSD-MS), afirmou que, apesar do partido, normalmente, não fechar questão em torno de propostas, a impressão, em conversa com parlamentares da sigla, é de que “99% da bancada do PSD votará a favor da reforma da Previdência“. (Com agências de nitícias)