O ex-presidente peruano Alan García morreu em um hospital de Lima, nesta quarta-feira, após atirar na cabeça enquanto a polícia chegava à residência dele para prendê-lo por ligação com caso de suborno e corrupção envolvendo a empreiteira Odebrecht, disseram autoridades.
Habilidoso orador que governou o país por dois mandatos — primeiro como político de esquerda e, depois, como campeão dos investimentos estrangeiros e livre comércio —, García, de 69 anos, enfrentava acusações de corrupção nos últimos anos, que negava repetidamente.
Ele foi uma das nove pessoas cuja prisão foi ordenada por um juiz devido a ligação com subornos distribuídos pela empreiteira Odebrecht, que desencadeou o maior escândalo da América Latina ao admitir publicamente em 2016 que subornou políticos e autoridades políticas para ganhar contratos lucrativos na região.
Membros do partido de García anunciaram o falecimento para multidões reunidas do lado de fora do hospital Casimiro Ulloa, onde o ex-presidente sofreu três paradas cardíacas e passou por uma cirurgia de emergência.