Uma negociação que parecia ser simples, se arrasta desde fevereiro para a escolha do coordenador de bancada federal do Distrito Federal. Interesses pessoais, questões de gênero e implicância política podem provocar prejuízos os interesses da população brasiliense.
Sem coordenador, a bancada não tem como destinar as chamadas emendas de bancadas no Orçamento Geral da União que já está em discussão. As emendas de bancadas destinam o maior valor para obras como saúde, educação e segurança pública. Uma nota técnica publicada em 2017 estabelece os critérios para a escolha e reconhece o papael do coordenador.
O impasse é alimentado, especialmente, pelas deputadas federais Érika Kokay (PT), Celina Leão (PP) e Flávia Arruda (PR). O principal argumento é que como as mulheres são maioria, deveriam uma delas assumir a coordenação. Mas o argumento esconde também interesses político-partidários e resvala em questões pessoais.
O desentendimento é ainda maior, porque a deputada Bia Kicis (PSL), que deveria reunir as assinaturas para um acordo também tem interesse no cargo. Pelo rodízio que foi estabelecido em outras legislaturas, a função de coordenador cabe a um senador. Izalci Lucas (PSDB) tem o apoio dos demais senadores do DF – Antônio Reguffe (Sem partido) e Leila Barros (PSB). E sem o apoio de dois senadores e de cinco deputados federais, não há como indicar o coordenador.
Senadores do DF
Izalci Lucas (PSDB)
Leila Barros (PSB)
Antônio Reguffe (Sem partido)
Deputados federais do DF
Bia Kicis (PSL)
Celina Leão (PP)
Érika Kokay (PT)
Flávia Arruda (PR)
Júlio César (PRB)
Luís Miranda (DEM)
Paula Belmonte (PPS)
Professor Israel (PV)