O atual recesso parlamentar, que se encerra nos primeiros dias de agosto, servirá para que deputados e senadores tomem fôlego para o intenso segundo semestre que se avizinha. Reformas da Previdência e tributária e indicações para postos diplomáticos importantes, entre outros pontos, dominarão a pauta.
No âmbito da reforma da Previdência, aguarda-se a conclusão da votação da matéria no plenário da Câmara dos Deputados. Depois, a PEC será encaminhada para o Senado Federal para nova rodada de discussão e votação. Governadores ainda tentam incluir estados e municípios no texto.
Quanto à reforma tributária, nada menos que duas propostas de emenda constitucional tramitam simultaneamente, uma na Câmara, outra no Senado. Em comum, ambas buscam a unificação de tributos e a racionalização do sistema. Além disso, o Planalto prepara uma terceira proposta. O ministro da Economia, Paulo Guedes, sinaliza com a possibilidade de discutir um imposto nos moldes da impopular CPMF, mas as chances de aprovação desta são reduzidas.
A indicação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para a embaixada brasileira nos Estados Unidos também será destaque em breve. Caso seja confirmada a decisão do presidente Jair Bolsonaro, a sabatina de seu filho na Comissão de Relações Exteriores do Senado e posterior votação serão tensas. Não se pode descartar a possibilidade de rejeição ao nome do parlamentar.
Para além das reformas, uma agenda micro deverá ganhar força. Aqui entrarão questões referentes à economia, infraestrutura e temas sociais. O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), será o principal condutor do processo.
Os vazamentos de conversas de integrantes da Operação Lava Jato seguirão repercutindo no Congresso Nacional. Eventuais fatos novos em torno do assunto podem gerar focos extras de tensão política.
Como se vê, trabalho não faltará aos parlamentares no semestre prestes a se iniciar. O novo protagonismo do Congresso será efetivamente testado.