Os policiais civis do Distrito Federal podem paralisar as atividades a qualquer momento após a definição de um “estado de paralisação permanente”. Esta situação foi definida ontem (11) à tarde pela categoria com a participação de cerca de 800 pessoas na assembleia geral extraordinária..
Os policiais devem definir ações de mobilização para reclamar recomposições salariais dos últimos 10 anos. “Atualmente, o governo já está em atraso com os 5% propostos para abril e os 5% que passariam a ser pagos em setembro”, observou o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal, Rodrigo Franco.
Na rodada de negociações de ontem com o governador Ibaneis Rocha (MDB) e com o diretor-geral da Polícia Civil, Robson Cândido, não houve nenhum progresso nas reivindicações. Ibaneis está negociando com a Presidência da República a transferência da gestão do Fundo Constitucional, segundo o próprio sindicato.
O sítio eletrônico da entidade informou que ao deliberar sobre como será o posicionamento frente à medida, que poderia implicar em novo atraso para a recomposição salarial, além de insegurança jurídica, a categoria decidiu que aguardará até a aprovação da Reforma da Previdência, prevista para ocorrer no próximo mês de outubro.
No governo de Rodrigo Rollemberg (PSB), o Sinpol-DF fez diversas greves por salários. Na campanha eleitoral do ano passado, a entidade apoiou a eleição de Ibaneis Rocha.