Indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para ocupar a chefia da Procuradoria-Geral da República, o subprocurador-geral da República Augusto Aras defendeu nesta quarta-feira, em sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que a Operação Lava Jato e outras investigações passem por “correções” internamente no Ministério Público Federal e também em conjunto com os parlamentares.
O Misto Brasília transmite ao vivo a sessão de sabatina. A indicação de Aras, depois de passar pela CCJ, deverá ser votada ainda hoje no plenário do Senado Federal.
“O Ministério Público, na minha pessoa… Eu sempre apontei os excessos, mas sempre defendi a Lava Jato, porque a Lava Jato não existe per se. A Lava Jato é o resultado de experiências anteriores, que não foram bem-sucedidas na via judiciária”, disse.
“A Satiagraha, a Castelo de Areia, o Banestado, a Sundow, são todas as operações que antecedem a Lava Jato, e esse conjunto de experiências gerou um novo modelo, modelo esse passível de correções, e essas correções eu espero que possamos fazer juntos, não somente no plano interno do Ministério Público, mas com a contribuição de Vossas Excelências senadores e senadoras porque é fundamental que nós aprimoremos o combate, o enfrentamento à macrocriminalidade”, completou.
Aras disse que a lei de abuso de autoridade — um dia após o Congresso ter derrubado 18 vetos de Bolsonaro — pode ser benéfica e avaliou que a história revela que há conflito permanente entre cidadão e Estado. Para ele, é preciso que aquele que trate da coisa pública tenha respeito à vida do cidadão.