Depois de dizer ontem para um bolsonarista pernambucano esquecer o PSL, o presidente Jair Bolsonaro deixou hoje o partido. A decisão ocorre em meio a uma confusão partidária com acusações de uso ilícito do fundo eleitoral que envolve o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antonio, e brigas generalizadas entre os 55 parlamentares da bancada do PSL na Câmara dos Deputados.
A crise gerada entre Bolsonaro e o presidente nacional do PSL, deputado Luciano Bivar (PE), deve provocar uma revoada de parlamentares. Bolsonaro disse numa transmissão ao vivo pelas redes sociais, que Bivar estaria “queimado”. A primeira que deve deixar o partido é a deputada mineira Alê Silva (MG), que deve se transferir para o Podemos. Alê acusa o ministro do Turismo de ameaçá-la de morte.
De acordo com a coluna Painel, da Folha, a cúpula do PSL, incluindo o presidente, Luciano Bivar (PE), já vem admitindo a possibilidade de uma união com outros partidos em função de uma eventual debandada dos parlamentares que gravitam em torno de Bolsonaro e que acompanhariam a saída do ex-capitão.
Com as eleições de outubro, o PSL passou de um partido nanico para a maior bancada na Câmara, o que permitirá receber pouco mais de R$ 700 milhões de fundo partidário. E esta fortuna seria o verdadeiro motivo da confusão.