O Brasil sofre com uma epidemia de informações falsas. De acordo com uma pesquisa realizada pela ONG Avaaz, em parceria com a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), 67% dos brasileiros acreditam em ao menos uma “fake news” sobre vacinação, sendo que as mentiras chegam principalmente via redes sociais.
Ao menos 48% das 2 mil pessoas entrevistadas pelo Ibope para o estudo – maiores de 16 anos, em todos os Estados – disseram que redes ou canais como Facebook, YouTube, Instagram e WhatsApp são suas principais fontes de informação em relação às vacinas. Essa fontes se revelaram mais recorrentes que o Ministério da Saúde ou médicos.
O impacto disso na saúde pública do país é claro: 57% dos que deixaram de se imunizar recentemente citaram como causa uma informação que os médicos apontam como sendo incorreta.
De acordo com Nana Queiroz, coordenadora de campanhas da Avaaz, a discussão sobre o tema é normalmente contaminada pelo extremismo político. Nesse sentido, ela ressalta que o problema não deveria ser encarado como sendo de esquerda ou direita. O ideal, neste caso, seria unir a sociedade brasileira por se tratar de uma questão de saúde pública. (Da DW)