Na década de 1970, o ex-presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira construiu uma casa numa pequena fazenda em Luziânia. É o único projeto arquitetônico de uma casa de fazenda desenhado por Oscar Niemeyer. O paisagismo é do consagrado Roberto Burle Marx. A Fazendinha de JK foi a última morada do ex-presidente no Planalto Central.
O local é preservado graças à família de Antonio Henrique Belizário Servo, que mora no local com a mulher e filhos. A casa virou um museu, mas sua manutenção não tem o apoio de nenhuma instituição pública ou privada. Esse esforço para manter a cultura e a memória de JK foi registrado hoje (15) na coluna do jornalista Élio Gaspari. Ele menciona Lucas Figueiredo, que prepara uma biografia sobre o ex-presidente. A Fazendinha de JK foi a última residência do ex-presidente no Planalto Central.
O repórter faz um relato sobre o atual ambiente preservado do “melhor presidente” do Brasil depois da segunda metade do século 20, diz Gaspari. O colunista adverte que mesmo com o altruísmo da família de Belizário Servo, a casa precisa de alguém para “preservar esse patrimônio”.
O museu-casa conserva móveis, artigos pessoais e itens da decoração como deixados por JK e dona Sarah. A história conta que o ex-presidente comprou o imóvel em 1972, após ter seus direitos políticos cassados pelo governo Militar e ser impedido de entrar em Brasília. Ele queria um lugar no Planalto Central, próximo à Capital que construiu, onde pudesse passar os dias, reunir os amigos e, de lá, avistar as luzes de sua realização mais simbólica.
O site Experiências do Cerrado conta que a visita guiada com agendamento prévio inclui o percurso pela casa, que apresenta ao visitante a arquitetura da residência, as peças de decoração, objetos de uso pessoal, utensílios de cozinha e a biblioteca de JK; os jardins e sua praia artificial; a garagem com o Mercedes que JK pretendia utilizar na campanha para voltar a presidência; a capela e o mirante, de onde se avista toda a Fazenda e as luzes do aeroporto de Brasília ao anoitecer; as áreas preservadas do Cerrado com o local de descanso e leitura do ex-presidente.
