Texto de Pedro Ivo de Oliveira
Gustavo Elias Santos, conhecido como DJ Guto, teve o pedido de liberdade concedido após a homologação de delação premiada feita pelo juiz titular da 10ª Vara Federal de Brasília, Vallisney de Souza Oliveira.
A reportagem entrou em contato com o advogado de Gustavo, Ariovaldo Moreira, mas não obteve retorno.
O relatório final da Operaçã Spoofing, da Polícia Federal, foi divulgado nesta semana, e apontou o envolvimento direto de Gustavo na invasão dos celulares do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, do procurador da República, Deltan Dallagnol, e de outros membros da esfera política e do poder público. O relatório indicia Gustavo por formação de quadrilha, invasão de dispositivo eletrônico e interceptação telemática.
Durante as buscas realizadas na casa de Gustavo, a PF localizou cerca de R$ 90 mil em dinheiro. Inicialmente, o DJ não soube explicar a origem, que disse agora ser fruto de transações on-line de criptomoedas.
Segundo a Defensoria Pública da União, que representa o acusado Danilo Marques – preso na primeira fase da operação -, um inquérito diferente investiga o envolvimento do DJ Guto e de Walter Delgatti Neto, conhecido como Vermelho, em lavagem de dinheiro, estelionato, obstrução de justiça e envolvimento com organizações criminosas.