A manhã desta terça-feira (17) não foi diferente da manhã de sábado (15) no transporte público do Distrito Federal, com reclamações contra o serviço que parece que piorou com a crise provocada pelo novo coronavírus. Usuários de Samambaia, por exemplo, observaram que a quantidade de ônibus reduziu. A superlotação também foi observada em outras cidades da capital do brasileiro.
Há suspeita de que as empresas estejam reduzindo os ônibus na mesma velocidade que o governo distrital determinou restrições em eventos, shows e a suspensão das aulas por 15 dias. Com os veículos superlotados, a possibilidade de transmissão da doença é muito maior. Ontem, a Procuradoria Distrital dos Direitos do Cidadão (PDDC) e a Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social (Prodep) pediram à Secretaria de Transporte que adote as providências “necessárias” para manter o funcionamento regular do serviço de transporte público durante a vigência das medidas de enfrentamento ao novo coronavírus (Covid-19).
O Ministério Público recomendou que não deve haver redução da frota circulante, ainda que o sistema opere com menor demanda. O Ministério Publico alerta que uma possível redução no número de veículos de transporte público coletivo em circulação pode agravar o problema da superlotação dos ônibus. “A redução da frota contraria as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS) para que seja mantida a distância de, ao menos, um metro entre as pessoas”.
Na recomendação, o Ministério Público também pede que o governo local determine às concessionárias de transporte público higienizar todos os veículos antes de cada viagem. Diante da situação de emergência, o GDF tem 48 horas para informar as providências adotadas para o cumprimento da recomendação.