Texto de Djan Moreno

Mais de 15 mil brasileiros estavam viajando para outros países quando fronteiras e aeroportos foram fechados por causa da disseminação da Covid-19. Deputados e senadores foram alertados sobre a situação e cobraram uma ação imediata do Itamaraty, que nos últimos dias já trouxe mais da metade deles de volta ao Brasil.

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A deputada federal Mariana Carvalho (PSDB-RO) foi uma das primeiras a cobrar uma atitude do Ministério das Relações Exteriores. Em audiência na Câmara, no dia 17 de março, a parlamentar fez o alerta: “Ou tomamos medidas rápidas ou vamos perder esses brasileiros por falta de assistência”, defendeu ela, ao citar a situação de uma mulher que estava no Peru impossibilitada de voltar para casa e dar continuidade a um tratamento de saúde.

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Desde o apelo feito pela deputada, que foi endossado por outros parlamentares, como Dr. Luiz Antonio Teixeira Jr (Progressista-RJ) e Carmen Zanotto (Cidadania-SC), o Itamaraty mobilizou embaixadas, enviou aviões da FAB, fretou voos, negociou com autoridades de outras nações e trouxe mais de 8 mil brasileiros de volta, inclusive a maioria dos que estavam em solo peruano.

Apesar disso, cerca de 7 mil pessoas ainda aguardam alguma medida que concretize o retorno para casa. Em alguns casos, brasileiros estão dormindo em aeroportos e até em hotéis onde infectados pelo novo coronavírus cumprem quarentena.

“É preciso reconhecer que o Itamaraty está empreendendo esforços para trazer essas pessoas de volta e comemoramos isso. O apelo foi feito e, de certa forma, atendido. Mas, há muitas dificuldades para trazer os outros. Nossa expectativa é que isso aconteça o quanto antes”, afirma Mariana Carvalho. “Protocolamos um pedido que será enviado pela Câmara para que esse processo seja agilizado”, completa.

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O documento citado pela deputada é assinado em nome da Comissão Externa de Enfrentamento ao Coronavírus, que conta com 10 parlamentares de diferentes partidos e estados. No pedido, os parlamentares citam “situações difíceis enfrentadas por brasileiros no exterior, que têm gerado temor, insegurança e pânico”.

(Djan Moreno é jornalista com atuação em Brasília)