A potencial vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac será testada no Brasil em 12 centros de pesquisa de seis Estados brasileiros, disse nesta quarta-feira o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), acrescentando que o início dos ensaios clínicos no país começarão assim que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar os testes.
Os estudos serão liderados pelo Instituto Butantan, vinculado ao governo paulista, e que assinou acordo com a companhia chinesa que inclui, além dos testes, a transferência de tecnologia para a produção local da vacina no Brasil, caso se mostre eficaz.
“Já foram definidos os 12 centros de pesquisa que farão os testes da vacina contra o coronavírus aqui no Brasil. E obviamente isso não será feito apenas em São Paulo”, disse Doria. “Os testes, coordenados e liderados pelo Instituto Butantan, serão realizados com 9 mil voluntários em centros de pesquisa de seis Estados brasileiros —São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná”, acrescentou o governador, que reiterou que aguarda para esta semana um aval da Anvisa para os testes.
A Anvisa disse por meio de sua assessoria de imprensa que seu corpo técnico está em contato com o Butantan e com a Sinovac desde o anúncio da parceria para os testes da potencial vacina no Brasil, em 11 de junho, “para analisar e sanar questões técnicas envolvidas na autorização do estudo clínico”, informou a Reuters.
Informou ainda que, embora o processo esteja em estágio “avançado”, não há previsão para que a análise da agência reguladora seja concluída, “mas a expectativa é que isso ocorra logo”. “O tema está recebendo prioridade máxima, assim como todos os estudos e produtos relacionados ao enfrentamento do Covid-19”, acrescentou a Anvisa.