O desmatamento da Amazônia registrou queda na comparação anual pelo terceiro mês seguido, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgados nesta sexta-feira, que mostraram também, no entanto, que a devastação da floresta segue em patamares elevados na comparação com anos anteriores a 2019.
De acordo com números do sistema Deter, do Inpe, que aponta alertas de desmatamento e tempo real, a Amazônia perdeu 964 quilômetros quadrados de floresta em setembro, uma queda de 33,7% em comparação com os 1.454 quilômetros quadrados desmatados em setembro do ano passado, mas um número maior do que os registrados nos meses de setembro de 2015, 2016, 2017 e 2018.
De janeiro a setembro deste ano, o desmatamento da floresta tropical somou 7.063 quilômetros quadrados, uma queda de 10,25% na comparação com os primeiros nove meses de 2019, mas patamar também bastante superior ao registrado entre 2015 e 2018, quando o maior acumulado em nove meses foi de 4.899 quilômetros quadrados registrados em 2016.
Os ambientalistas culpam o governo do presidente Jair Bolsonaro, que reduziu os mecanismos de fiscalização ambiental e defende a mineração e a agricultura em áreas protegidas da Amazônia, por incentivar madeireiros ilegais, grileiros e garimpeiros a destruírem a floresta.