No final desta manhã, manifestantes foram até a unidade do supermercado Carrefour, na Asa Sul, em Brasília. Foram protestar contra a morte de um homem negro numa unidade da empresa em Porto Alegre. A manifestação ocorre no Dia da Consciência Negra e um dia após João Alberto Silveira Freitas ser espancado até a morte por seguranças do Carrefour, em Porto Alegre.
O grupo de manifestantes gritou palavras de ordem e chegou a discutir com alguns funcionários da empresa. Pelo que se informou, a manifestação não passou disso, mas marcou a indignação dos brasilienses contra o racismo e a morte do cliente brutalmente espancado
A vítima fazia compras com a mulher no supermercado que fica no bairro Passo d´Areia. Dois suspeitos pelo crime, dois homens brancos, um de 24 anos e outro de 30 anos, foram presos em flagrante. Um deles é policial militar, tendo sido levado para um presídio militar. O outro é segurança da loja e está num prédio da Polícia Civil. A investigação trata o crime como homicídio qualificado.
Vídeos nas redes sociais mostram cenas em que dois homens derrubam Freitas, e um deles dá vários socos na cabeça da vítima. Em outro vídeo, os dois homens imobilizam a vítima, já ensanguentada, no chão, enquanto uma funcionária tenta evitar a gravação e afirma que Freitas havia batido numa fiscal.
O Carrefour afirmou, em nota, lamentar profundamente o caso, que iniciou rigorosa apuração interna e tomou providências para que os responsáveis sejam punidos legalmente. A empresa atribuiu a agressão aos seguranças, chamou o ato de criminoso e anunciou o rompimento do contrato com a empresa responsável pelos funcionários. Nesta manhã, a empresa informou que rescindiu o contrato com a empresa de segurança que presta serviços no local.