A farmacêutica Pfizer só apresentará pedido à Anvisa para autorização de uso emergencial de sua vacina contra a Covid-19 no Brasil após assinatura de contrato definitivo com o governo brasileiro para a venda do imunizante, disse nesta quinta-feira uma fonte com conhecimento da decisão da empresa, de acordo com informações da Reuters.
A Pfizer, cuja vacina desenvolvida em parceria com a BioNTech foi a primeira a receber aprovação para uso emergencial em países ocidentais e já está sendo aplicada nos Estados Unidos e no Reino Unido, negocia com o Ministério da Saúde a venda de 70 milhões de doses, mas um acordo final ainda não foi firmado.
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou nesta quinta-feira em audiência no Senado que o presidente da Pfizer no Brasil esteve na Anvisa para apresentar pedido de aprovação para uso emergencial da vacina esta semana, mas relatou ter encontrado dificuldades.
Pazuello, estimou que o Brasil terá 24,5 milhões de doses de vacinas contra Covid-19 disponíveis em janeiro para aplicação na população, dependendo de aprovação regulatória da Anvisa. Segundo o ministro, o governo espera receber 500 mil doses da Pfizer, 9 milhões da CoronaVac/Instituto Butantan e 15 milhões da parceria AstraZeneca/Fiocruz no primeiro mês de 2021. O ministro, que na véspera havia falado em iniciar a vacinação em fevereiro, não cravou um dia específico para o início da aplicação das doses na população.