O ex-deputado Eduardo Cunha e o primeiro suplente de deputado federal, Tadeu Filippelli, ambos do MDB, são alvos nesta manhã de uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal. Cunha e Filipelli teriam recebido propina num esquema que envolvia a venda de querosene para a aviação. As empresas Gol e TAM (agora Latam) teriam tido redução do ICMS na compra do combustível através de benefícios concedidos com a ajuda da Câmara Legislativa. Atualizado às 08h59
De acordo com as primeiras informações, o esquema teria sido feito entre 2012 e 2014, com a participação de um operador chamado Afrânio Souza e com a Objetiva Consultoria e Participações. A redução, de 25% para 12% foi viabilizada por meio de lei local, aprovada pela Câmara Legislativa do Distrito Federal. As empresas Gol e Latam teriam feito os repasses ilegais, segundo publicou o site do CB. O Misto Brasília aguarda uma declaração de Filippelli.
Cunha afirmou em nota os fatos “não guardam qualquer relação com Eduardo Cunha, são antigos, não passam de 2014” e que “confia nas instâncias superiores do Poder Judiciário para corrigir tamanha ilegalidade”
A propina teria sido recebida por meio da empresa C3 Atividades de Internet Ltda, administrada pela esposa de Cunha, Cláudia Cruz e transferidas ao doleiro Lúcio Funaro. Vinte mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos no Distrito Federal, em Goiás, Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo. A operação tem a participação do Ministério Público do Distrito Federal.