O procurador-geral da República, Augusto Aras, abriu uma apuração preliminar sobre a conduta do presidente Jair Bolsonaro e de seu ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, na crise sanitária no Amazonas e no Pará.
Aras respondeu a uma chamada notícia-crime encaminhada pelo PC do B ao Supremo Tribunal Federal (STF). Fazendo referência especialmente à grave situação nos dois estados da região Norte, oito deputados do partido pedem que Bolsonaro e Pazuello sejam investigados e responsabilizados por “inércia” e uma “postura isentiva” em relação a políticas de combate ao coronavírus.
Aras afirmou ao STF que, a partir da notícia-crime, foi instaurada uma apuração preliminar, que poderá levar a uma investigação formal. “Caso, eventualmente, surjam indícios razoáveis de possíveis práticas delitivas por parte dos noticiados, será requerida a instauração de inquérito nesse Supremo Tribunal Federal”, disse.
A pedido de Aras, o ministro Ricardo Lewandowski, do STF, autorizou na semana passada a abertura de um inquérito para investigar a conduta de Pazuello em relação ao colapso da saúde pública de Manaus. O inquérito, que não envolve Bolsonaro, é uma resposta a denúncias apresentadas por vários partidos políticos, pressupondo que o ministro da Saúde “tinha dever legal e possibilidade de agir para mitigar” a crise. (Da DW)