A vacinação continua suspensa no Distrito Federal para novos grupos, como para as pessoas com 65 anos completos. Estão sendo aplicadas apenas a segunda dose conforme o cronograma. A situação poderá ser alterada no fim de semana com a promessa de entrega de mais vacinas pelo Ministério da Saúde nesta sexta-feira. A Secretaria da Saúde do DF não confirmou esta entrega.
O último lote de 9,1 milhões de doses foi entregue pelo Ministério da Saúde aos estados e Distrito Federal há uma semana. Foram 8,4 milhões da CoronaVac, liberadas pelo Instituto Butantan, e 728 mil da AstraZeneca/Oxford, produzidas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Além da falta de vacina, há outros problemas como a dependência de importação de insumo farmacêutico básico (IFA), que ameaça a produção de imunizantes contra a Covid-19 no Brasil. O atraso na chegada da matéria-prima, que é produzido pela China, para o Instituto Butantan, põe em risco a fabricação da CoronaVac, que vem sendo a espinha dorsal do Plano Nacional de Imunização (PNI), como registra o Correio Braziliense.
Apesar do otimismo do governador Ibaneis Rocha (MDB), o índice de contaminados e de mortes no Distrito Federal é um dos mais altos do Brasil. Segundo o governador, a taxa de transmissibilidade da Covid-19 no DF ficou estabilizada na semana passada e com índice de 0.86. “Também diminuímos o registro de novos casos por dia”.
A lotação dos leitos de UTIs na rede pública é de 100% nesta manhã de quinta-feira. Há apenas um leito vazio, mas 340 pessoas na lista de espera. Na rede particular de saúde, a lotação é de 98,15%, segundo o monitoramento feito pelo governo distrital.
As regiões administrativas de Ceilândia, Taguatinga e Samambaia registram o maior número de mortes. Segundo a Secretaria da Saúde, nessas três cidades aconteceram 2.151 óbitos nesta pandemia. Há um crescimento de mortes de pessoas com até 39 anos. Neste ano, o crescimento é de 69% se comparado com os meses do ano passado.