Série Judiciário – o cardápio e a mordomia custam caro

STF Supremo Tribunal noite
Sede do Supremo Tribunal que tem a finalidade de preservar a Constituição/Arquivo
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Na terceira reportagem da série, abordamos os gastos no STF com a comida e a bebida

Os 11 ministros do Supremo Tribunal Federal têm uma série de benefícios pagos pelo contribuinte. Além de uma média de 302 servidores por gabinete (trabalham diretamente com cada ministro em média 25 assessores), os membros da Suprema Corte também podem contar com uma grande lista de mordomias.

Entre elas, uma sala VIP no Aeroporto de Brasília com um café da manhã, “brunch”, almoço, jantar e coquetel.

Os dados detalhados dessa lista não estão no Portal da Transparência do STF. No Senado Federal e, principalmente na Câmara dos Deputados, é possível acompanhar os gastos, conferir a lista de funcionários por gabinete e, até mesmo, conferir as notas fiscais emitidas para comprovar gastos diversos. A reportagem pediu por e-mail à assessoria de imprensa da Corte informações sobre os benefícios, mas não obteve respostas.

Foto: ministro Marco Aurélio no trabalho em sua última semana de trabalho no STF/Divulgação

Ministro |Marco Aurélio Mello STF aposentado

O Supremo gastou R$ 2 bilhões com mordomia, segundo denúncia do senador Antonio Reguffe (Podemos-DF) formulada em maio de 2019. Foram R$ 1,6 bilhão com combustível, pedágio, manutenção, aluguel e locação de veículos. Nessas contas, está R$ 1,134 milhão para compra de lagosta, camarão e vinho para recepções de ministros.



No mesmo ano, o senador Jorge Kajuru (Podemos-GO), informou que R$ 1,5 milhão pagou o auxílio-moradia dos 11 ministros – média de R$ 11 mil por mês a cada um. Agregado a isso, somam-se R$ 12 milhões com auxílio-alimentação, cerca de R$ 90 mil por mês. Ele também questionou a necessidade de se arcar com os custos de manutenção de três caminhões.

Em 2020, segundo dados divulgados em abril deste ano, R$ 698,9 milhões foram destinados ao “Pretório Excelso”. Eles incluem passagens aéreas, diárias em hotéis, reembolsos em restaurantes, assistência médica e odontológica, automóveis, motoristas, seguranças e mais.

De janeiro a junho de 2020, a Corte gastou R$ 388.758,00 com uma empresa responsável por dar “apoio administrativo na área de cerimonial”, R$ 1.229.156,00 com outra que presta serviços de copeiragem e R$ 55.105,00 com a aquisição de sofás e poltronas.

Veja os dois primeiros textos

Série Judiciário – Supremo do funil, à decisão política

Série Judiciário – Série Judiciário – o Poder fiscalizador da Constituição e das leis


 

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