Recomeço entre EUA e França após o episódio do submarino

Joe Biden e Emmanuel Macron França e EUA
Biden e Macron participam do acordo em torno do Pacífico/Arquivo/Reprodução/LeMonte
Compartilhe:

Nota afirma que os dois líderes concordaram em iniciar um processo de reconquista da confiança

Os presidentes da França e dos Estados Unidos agiram para reparar os estragos nas relações bilaterais causados pelo cancelamento de um acordo bilionário entre o governo francês e Austrália, para a construção de submarinos.

Uma declaração conjunta divulgada após um telefonema de 30 minutos entre o americano Joe Biden e o francês Emmanuel Macron nesta quarta-feira (23), afirma que os dois líderes concordaram em iniciar um processo de reconquista da confiança, além de marcarem uma reunião entre ambos a ser realizada na Europa no final de outubro.



O telefonema de Biden para Macron foi uma tentativa de reatar laços, após a França acusar os EUA de traição. A Austrália suspendeu um contrato de 40 bilhões de euros para a compra de submarinos convencionais franceses, e optou por modelos movidos a energia nuclear construídos com tecnologia americana e britânica.

O governo francês reagiu com indignação ao cancelamento e convocou de volta ao país seus embaixadores em Washington e Camberra.

Segundo a declaração conjunta, Washington se comprometeu a “apoiar operações contraterrorismo dos Estados europeus na região do Sahel”, o que, segundo autoridades americanas, significa mais uma continuação ao apoio logístico do que um envio de tropas.

A França possui atualmente em torno de 5 mil soldados de suas forças contraterrorismo combatendo militantes islamistas na região do Sahel, que abrange cinco países no norte da África, incluindo Mali.



“Os dois líderes concordam que a situação [em torno do acordo da compra de submarinos] poderia ter se beneficiado de consultas abertas entre os aliados, em termos de interesses estratégicos da França e nossos parceiros europeus ” afirma o documento.

O episódio deixou as relações franco-americanas em uma situação considerada por analistas, como a crise mais aguda entre os dois países desde a invasão americana do Iraque, à qual o governo francês se opôs, informou a Agência DW.


Informativo Misto Brasil

Inscreva-se para receber conteúdo exclusivo gratuito no seu e-mail, todas as semanas

Assuntos Relacionados

DF e Entorno

Informativo Misto Brasil

Inscreva-se para receber conteúdo exclusivo gratuito no seu e-mail, todas as semanas