O dólar abriu em leve queda, mas inverteu tendência e sobe 0,1% a R$ 5,595 na compra
Na manhã seguinte à aprovação em primeiro turno da PEC dos Precatórios, na Câmara dos Deputados, o Ibovespa abriu os negócios próximo da estabilidade e aprofundou perdas já na primeira hora de negociações.
O avanço da proposta que limita o pagamento de dívidas judiciais da União, abrindo espaço no Orçamento, por um placar apertado, era bastante aguardado pelos investidores. Chegou a movimentar os negócios ainda ontem após o fechamento dos mercados. A expectativa pela votação fez o índice futuro, que é negociado até às 18 horas, fechar em alta de 1,34%.
“Dentre tudo o que poderia acontecer, dado que esse já era o cenário base, talvez seja uma notícia até positiva para interpretação já que o mercado tinha absorvido a questão do rompimento do teto como a gente conhecia antes”, afirmou Henrique Esteter, especialista em ações do InfoMoney, no InfoMorning desta quinta-feira.
Mas ainda que uma solução, a PEC nunca deixou de ser vista como um remédio amargo pelos investidores. Os precatórios são títulos de dívidas que o governo tem que pagar a pessoas físicas e empresas por conta de decisões judiciais definitivas. O Orçamento de 2021 prevê o pagamento de R$ 54,7 bilhões em Precatórios, e o de 2022, sem a aprovação da PEC, de R$ 89 bilhões.
Caso seja aprovada, pode abrir espaço para o governo Bolsonaro pagar o programa de transferência de renda Auxílio Brasil no valor de R$ 400, substituindo o Bolsa Família.
O dólar abriu em leve queda, mas inverteu tendência e sobe 0,1% a R$ 5,595 na compra e R$ 5,595 na venda. O dólar futuro com vencimento em dezembro de 2021 tem alta de 0,77% a R$ 5,623.