Geraldo Medeiros e Tarcísio Pessoa conduziam o avião que caiu com a cantora Marília Mendonça
Os corpos do piloto Geraldo Medeiros Júnior, 56 anos, e do copiloto Tarcísio Pessoa Viana, 37 anos, foram liberados pelo Instituto Médico Legal de Minas Gerais. Os corpos devem chegar nesta tarde no Aeroporto de Brasília para depois acontecer o velório e o sepultamento, cujas informações ainda não foram liberadas.
Os dois moravam no Distrito Federal e conduziam o avião bimotor que caiu ontem (05) em Minas Gerais com a cantora sertaneja Marília Mendonça.
“Ele não era mais meu marido, mas era meu melhor amigo, a melhor pessoa do mundo, pai da minha filha. Ainda não acredito no que aconteceu. O piloto mais cuidadoso que conheci”, disse ao G1 a ex-esposa de Geraldo, Euda Dias.
Tarciso Pessoa Viana vivia em Samambaia. Deixou dois filhos, de cinco e 22 anos, além da esposa grávida. A irmã de Tarciso, a empresária Nádia Viana, comentou que “ele era um servo de Deus. Lutou muito para ser piloto e morreu fazendo o que amava, voando”, disse.
Ontem, o governador Ibaneis Rocha (MDB), escreveu o seguinte no Twitter: “Ficam também meus sentimentos às famílias das outras vítimas desse acidente fatal”.
Feminejo
A morte da cantora Marília Mendonça – considerada um dos maiores fenômenos atuais da música brasileira e que fortaleceu o protagonismo feminino no sertanejo, um gênero até então dominado por homens – comoveu o mundo artístico.
Aos 26 anos, Marília morreu em um acidente de avião na serra de Caratinga, interior de Minas Gerais. Também estavam a bordo da aeronave o produtor Henrique Ribeiro, o tio e assessor da cantora Abicieli Silveira Dias Filho, além do piloto Geraldo Martins de Medeiros e o copiloto Tarcísio Pessoa Viana.
O bimotor Beech Aircraft, fabricado em 1984 e com capacidade para seis passageiros além dos pilotos, estava em situação regular e tinha autorização para fazer táxi aéreo, segundo informou a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Dona de uma voz potente, Marília Mendonça ficou conhecida como a “rainha da sofrência” com suas letras e melodias românticas, e era a grande expoente do feminejo – segmento que reúne cantoras mulheres de sertanejo e se tornou fenômeno no país.
Aliás, o jornal americano New York Times usou pela primeira vez o termo “feminejo” (em português) no obituário da cantora nesta sexta. A morte de Marília teve grande repercussão na imprensa internacional, com a emissora britânica BBC descrevendo-a como “um dos maiores nomes do country brasileiro”, informou a DW.