Estados Unidos e China têm uma série de atritos que nem sempre provoca uma comunicação transparente e honesta
O presidente americano Joe Biden, advertiu seu homólogo chinês, Xi Jinping, contra um confronto entre as duas maiores economias do mundo. É responsabilidade de ambos “garantir que a concorrência entre nossos países não degenere em conflito, seja intencional ou não”, disse Biden a Xi durante uma videoconferência que gerou grandes expectativas na comunidade internacional nesta segunda-feira (15/11).
Biden disse ser “importante os dois países se comunicarem de forma transparente e honesta”. Já o presidente chinês chamou Biden de “velho amigo“. Ele ressaltou que os dois países devem buscar uma cooperação mais estreita, por exemplo no campo das mudanças climáticas, e precisam melhorar sua comunicação para coexistirem em paz. Disse ainda que “espera trabalhar com o presidente americano para promover um desenvolvimento positivo”.
O primeiro encontro online entre Biden e Xi durou três horas e meia. A imprensa só pôde participar do início da conversa. As altas expectativas em relação ao encontro foram atenuadas pela administração dos EUA. Washington assinalou que não se deveria esperar resultados concretos.
O governo chinês foi mais positivo após a reunião. Teria sido um encontro “de longo alcance, profundo, franco, construtivo e produtivo”, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Hua Chunying, em uma primeira reação no Twitter. “Ajuda a ampliar o entendimento mútuo”.
Antes da cúpula, Biden só havia falado com Xi duas vezes por telefone desde que tomou posse, mais recentemente em setembro. Uma reunião pessoal entre os dois chefes de Estado ainda não ocorreu porque Xi se absteve de viajar para o exterior desde o início da pandemia. (Da DW)