Ministra chorou depois de palavrões proferidos por Eduardo Braga por emendas parlamentares
A função da ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda, é marcada por cobranças diárias de parlamentares para liberação de emendas parlamentares. As exigências se intensificam e estão maiores à medida que o ano termina por conta do fechamento do orçamento da União. E em alguns casos, as cobranças acabam saindo da civilidade.
Foi o que aconteceu na quinta-feira (09) da semana passada com o senador e líder do MDB no Senado Eduardo Braga (AM), que soltou palavrões numa ligação com a ministra. Flávia chorou e reclamou para colegas do Palácio do Planalto. Hoje (13), o caso recebeu solidariedade do vice-líder do PP na Câmara, deputado Fausto Pinato, que lembrou no twitter a confusão relatada pelo colunista Lauro Jardim.
“Minha solidariedade a ministra Flávia Arruda. Meu respeito e admiração às mulheres na política. Grita com homem o mané, chega de safadeza tributária. Parabéns ao ministro Ciro Nogueira e demais ministros”, escreveu Pinato, sugerindo que há muito mais nesta briga do que meros palavrões ou liberação de recursos do Orçamento.
Segundo Lauro Jardim, na presença do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, e do ministro de Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, o senador Braga foi cordial. Mas num telefonema, ele ofendeu a ministra com palavrões.
Mais tarde, a ministra confirmou o embate verbal: “Gritos não me amedrontam. O episódio, infelizmente, demonstra que o machismo atrasado ainda resiste às mulheres que assumem posições relevantes na política brasileira. Vou continuar a interlocução com o Congresso com diálogo, serenidade e, sobretudo, com transparência”.