O estudo analisou a duração e efetividade da imunidade em trabalhadores da saúde
Texto de Jonas Valente
Um estudo apontou que a queda da imunidade provocada pela vacinação contra a Covid-19 ocorre mais lentamente entre as pessoas que foram infectadas pelo coronavírus. Elaborada por pesquisadores de instituições britânicas, a pesquisa foi publicada em um dos mais prestigiados periódicos científicos de medicina, o New England Journal of Medicine.
Entre os participantes não infectados pelo coronavírus, a efetividade da vacina caiu de 85% para 51% cerca de sete meses após a segunda dose. A imunidade de pessoas imunizadas com vacina e que foram contaminadas, permaneceu alta em cerca de 68% mais de um ano após a infecção.
Mas os autores ponderam que o estudo não conseguiu aferir o período em que a imunidade permaneceria alta no caso dos reinfectados. “Nós mostramos que a imunidade permanece alta até um ano, e depois começa a cair. Pela limitação de acompanhamento, permanece sem ficar claro a duração da proteção imunológica dos reinfectados”, diz o artigo. Ele apelo para que os pais e responsáveis levem seus filhos para se imunizaram contra a doença viral.
Entre as pessoas infectadas pela primeira vez, 61% relataram sintomas de Covid-19 e 13% informaram outros sintomas. Já entre os reinfectados, 34% disseram ter tido sintomas de Covid-19 e 20% mencionaram outros sintomas.
O estudo analisou a duração e efetividade da imunidade em trabalhadores da saúde no Reino Unido, considerando um intervalo de mais de dez meses após a primeira dose da vacina contra a Covid-19. Participaram 35.768 voluntários.