Ele fez uma declaração muito comum no futebol, onde o time que ganha não se mexe
Quatro dos 34 auxiliares do primeiro escalão do governo do Distrito Federal devem sair dos cargos até o final do mês para concorrer a algum cargo nas eleições majoritárias e proporcionais em novembro.
Também devem acontecer mudanças em alguns dos 31 órgãos de apoio e, especialmente, nas 33 administrações regionais, onde a influência político-partidária é bem acentuada. Nesta segunda-feira, a chefia da Casa Civil informou que não há ainda uma relação das possíveis desincompatibilizações.
A assessoria da secretaria garantiu que todos os assessores do governador Ibaneis Rocha (MDB) precisam seguir as orientações do manual de condutas aos agentes públicos.
O que está bem desenhado num futuro próximo é o destino do vice-governador Paco Britto (Avante). Ele vai permanecer no cargo até o fim do mandato. E torce para continuar como vice na chapa da tentativa de reeleição de Ibaneis.
Hoje, ele fez declarações sobre o assunto. “Sou vice do governador Ibaneis Rocha e, em uma campanha para reeleição do governador, estarei junto”. A permanência como vice na chapa majoritária depende do realinhamento partidário que se processa com a janela partidária, que termina nas próximas duas semanas.
Embora tenha uma agenda política intensa, Paco Britto garante que não é candidato a outro cargo. “Não tenho planos para disputar cargo algum, porque acredito que o governador Ibaneis está fazendo um governo vitorioso no DF, o que me faz acreditar que não haverá mudança na escalação de seu time. Em time que está ganhando não se mexe”, sapecou.
Paco tem um comportamento que se assemelha ao de Marco Maciel, que fez história antes e quando era vice-presidente de Fernando Henrique Cardoso. Ou como o empresário José de Alencar, no governo do ex-presidente Lula da Silva (PT). O vice-governador do DF consegue ser discreto em suas manifestações, mesmo tenho assumido mais de 30 vezes a administração distrital nesses últimos três anos.
Para Ibaneis, que o escolheu para ser seu companheiro de chapa em 2018, não há um vice melhor. Na época, o governador teve dificuldades em encontrar seu vice, e Paco acabou sendo o escolhido após negativas a vários convites feitos a outros políticos.
A situação se inverteu nestas eleições. A vaga de Paco Britto está sendo disputada por pelo menos duas correntes. A primeira do presidente da Câmara Legislativa, deputado Rafael Prudente (MDB), e outra pelos evangélicos. A tendência religiosa teria pelo menos 900 mil adeptos e é uma respeitável força política na disputa eleitoral.