Bolívia corta 30% do gás natural fornecido ao Brasil

gás de cozinha botijão Misto Brasília
O botijão de gás de 13 quilos tem um preço bastante alto e prejudica famílias de baixa renda/Arquivo
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País vizinho quer renegociar os preços dos contratos de fornecimento com a Petrobras

O governo da Bolívia afirmou nesta quarta-feira (25) que está tentando renegociar o seu atual contrato de fornecimento de gás natural à Petrobras e que busca um preço mais alto para o insumo.

Na sexta-feira passada, a Petrobras já havia informado que a Bolívia havia cortado em 30% o fornecimento de gás natural à estatal, de 20 milhões de metros cúbicos diários para 14 milhões, sem especificar o motivo para a redução, segundo informou a DW.



Em um comunicado à imprensa divulgado nesta quarta-feira, o ministro dos Hidrocarbonetos e Energia da Bolívia, Franklin Molina, afirmou que o atual preço vigente no contrato com a Petrobras estaria provocado prejuízos à estatal boliviana Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB).

Ele argumentou também que o preço atual foi definido em um adendo contratual assinado durante o governo da presidente interina Jeanine Áñez, que governou o país por um ano, de novembro de 2019, após a renúncia de Evo Morales, até a posse do atual presidente, o esquerdista Luis Arce, do mesmo partido de Morales, em novembro de 2020.


“É um dever renegociar as condições deste adendo, porque foi assinado por um governo de fato que não se preocupou com os interesses do Estado (…) A Bolívia procura um melhor preço para o seu gás natural, melhores condições e um melhor mercado”, afirmou Molina.

O governo Arce e seu partido, o Movimento ao Socialismo (MAS), costumam se referir à gestão de Áñez como um “governo de fato” por considerarem que em 2019 houve um golpe de Estado contra Morales e que a transição de poder não foi legal.


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