O número de mortes na Vila Cruzeiro seria de 23 e não de 26 como tinha sido divulgado ontem
A Polícia Civil do Rio de Janeiro revisou nesta quinta-feira (26) para ao menos 23 o número de óbitos na incursão policial realizada na terça-feira na Vila Cruzeiro, uma das favelas do Complexo da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro.
Mais cedo, a polícia tinha divulgado o número de 26 mortos, mas três corpos que estavam no Instituto Médico-Legal (IML) eram de pessoas que tinham morrido em consequência de um confronto no Morro do Juramento, no bairro de Vicente de Carvalho, também na zona norte da cidade.
A ação na Vila Cruzeiro é considerada a segunda operação policial mais letal da história do Rio, ficando atrás apenas da que ocorreu em maio de 2021 no Jacarezinho, quando 28 pessoas morreram.
Ambos os massacres ocorreram durante a gestão do governador Cláudio Castro (PL). Segundo levantamento do Instituto Fogo Cruzado e o Geni (Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos da Universidade Federal Fluminense), divulgado pelo portal de notícias Uol.
Em apenas um ano, o atual governo do estado do Rio acumula 181 mortes e 39 chacinas – que são todas as ações com pelo menos três mortes, segundo pesquisas da área de segurança pública –, sendo que 31 delas ocorreram em operações policiais.
O comando da PM afirmou que a operação conjunta com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) vinha sendo planejada há meses, mas foi iniciada de modo emergencial para impedir uma migração para a Rocinha, que teria sido determinada pelo Comando Vermelho.
Uma nota pública assinada por 22 entidades e movimentos sociais e divulgada nesta terça-feira pediu às polícias do Rio de Janeiro o imediato cessar-fogo na Vila Cruzeiro, durante a operação, que durou cerca de 12 horas, informou a DW.